O novo formato dos festejos juninos em Campina Grande e Caruaru, os epicentros dos festejos juninos no Nordeste, está causando críticas dos que defendem a preservação da cultura nordestina, do forró raiz, da comida típica, do artesanato.
A elitizacão e mercantilização dos eventos no Parque do Povo e no Pátio do Povo, respectivamente, afastaram o povão dos locais, quer pelo encolhimento do espaço a ele destinado, quer pelos preços de bebidas, comidas praticados, para quem ganha pouco, que é a maioria, uma fortuna.
Os artistas da terra não são valorizados e os palcos que seriam deles são divididos por artistas que nada têm à ver com o forró pé de serra, com o xote, xaxado e baião, tão bem defendidos por Jackson do Pandeiro, Marinês, Luiz Gonzaga, Elino Julião e tantos outros.
Saudosismo? Não senhor.
É amor ao que é nosso, pois duvido que no carnaval do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, coloquem forró no lugar do samba, do frevo e do axé.
Pergunta básica: o que é isso pra você?
Jesimiel Ferreira
Jornalista e Professor
Imagem da internet
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